As Celebrações dos 500 anos da Reforma Protestante têm sido marcadas - no mundo ocidental, em todo o caso - por um espírito de tolerância, encarando-se as duas correntes do Cristianismo ocidental : o Protestantismo Evangélico e o Catolicismo romano, com compreensão dialogante, sem fanatismo, sem confronto de polémica.
Fiquei boquiaberto quando nos chegou, via Internet a notícia, em francês, de uma missa, algures na Europa ( em França ? ) celebrada em lembrança da Reforma do século XVI !
Dizia a notícia que essa misa foi contestada, durante a sua celebração, por fiéis que, em alta voz, faziam rezas para manifestar a sua oposção. Teve de ser chamada a polícia !
E agora faço uma reflexão pessoal.
Não estarão, estas Celebrações, sendo impulsionadas por uma atitude de secundarização da Doutrina, nomeadamente dos Pontos de divergência radical, procurando a aproximação, a abordagem "do outro", acima do confronto ideológico ?
Não me admirava que o "diálogo" atual esteja dinamizado por uma posição mental "pos-modernista" de renúncia de ideologias e doutrinas tradicionais em favor do entendimento conciliatório.
Já o disse, não nego, que prefiro, como evangélico que sou, encarar os Cristãos católicos romanos sem agressividade.
Eles crêem nos mesmos fundamentos cristãos, bíblicos.
Contudo : não posso calar nem marginalizar os Pontos de divergência, até agora irreconciliáveis, ( o culto a Maria, a mediação dos Santos, o sentido sacrificial da missa, o purgatório; etc. ). Estes temas, que acabo de mencionar alguns, não têm suporte na Palavra de Deus. São Tradições ensinadas pelo magistério da própria igreja romana !
Ora o pós-modernismo recusa referências normativas. O Ser humano é que define a sua ética, a sua espiritualidade : o que lhe convém, o que lhe agrada ...
O pós-modernsmo é uma corrente filosófica perigosa para quem faz questão imperiosa de fidelidade à Revelação divina !
Carta de Paulo aos Gálatas 1 : 8.
Carta de Pedro, 1 : 8